sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Dilma deixa péssimos exemplos na política externa, afirma Aécio

O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou, nesta quinta-feira (25/09), em Porto Alegre (RS), que a atual presidente da República, Dilma Rousseff, deixa péssimos exemplos para seu sucessor quando o assunto é política externa. Aécio se disse “estarrecido” com as declarações da petista na Organização das Nações Unidas (ONU), no último dia 24. Além de utilizar a tribuna de forma eleitoreira, Dilma condenou as ações lideradas pela coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo terrorista Estado Islâmico.

“Quero dizer que fiquei estarrecido com as declarações da presidente da República na ONU. Em primeiro lugar, ela utilizou um espaço do Estado brasileiro para fazer campanha política. A história se lembrará daquele momento do discurso da presidente à ONU. Ela esqueceu onde estava, para quem falava, para fazer propaganda para o horário eleitoral. Um dia triste para o Brasil”, observou ele.

Aécio também criticou o posicionamento da presidente da República na questão dos terroristas islâmicos. Para o candidato da Coligação Muda Brasil, “a presidente propõe diálogo com um grupo que está decapitando pessoas”. “Realmente, essa não é a política externa que consagrou o Brasil ao longo dos tempos. Infelizmente, também em relação à política externa, a presidente da República deixa péssimos exemplos para o seu sucessor”, acrescentou.

‘Um susto por dia’

Em entrevista à imprensa, Aécio lamentou o desgoverno a que a gestão federal submeteu uma das maiores empresas brasileiras, a Petrobras. Ele destacou que a companhia é, atualmente, foco de escândalos sucessivos. “É um susto por dia. Ontem mesmo [24/09] o Tribunal de Contas da União – não sou eu, não é a oposição – avaliou que houve também superfaturamento em obras na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, algo que já denunciávamos lá atrás. É como se os escândalos sucessivos não bastassem”, afirmou.

O candidato à Presidência da República lembrou que liderou, no Congresso Nacional, a mobilização por uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e outros negócios nebulosos da Petrobras. Ele considerou insuficientes as manifestações da presidente Dilma Rousseff sobre o caso.“Aquilo que a presidente insiste em chamar de ‘malfeito’ é, no mínimo, um equívoco semântico.Acho muito pouco para a roubalheira que se estabeleceu dentro da nossa maior empresa”, salientou.

Responsabilidades

Ao lado da candidata ao governo do Rio Grande do Sul pelo PP, Ana Amélia Lemos, Aécio afirmou que a presidente da República e todos os envolvidos devem assumir sua responsabilidade pela atual situação da Petrobras. “A minha percepção, o meu sentimento, é que a coisa é muito mais grave do que está sendo noticiado. Tem muita gente por aí que treme muito com essas delações premiadas [do ex-diretor Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef]”, apontou.

“Isso não foi um fato isolado, não foi uma célula dentro da empresa. Essa coisa funcionou de forma orgânica dentro da Petrobras ao longo de todo esse governo do PT. Será que dá para acreditar no ‘eu não sabia?’. Não acredito que a presidente da República teve algum benefício pecuniário, recebeu algum dinheiro, jamais. Não é do perfil dela. Mas não tenho dúvida em afirmar que, do ponto de vista político, ela tem responsabilidade, sim. Dei oportunidade a ela, nos debates dos quais participamos, até de pedir desculpas aos brasileiros pela governança trágica, perversa com os brasileiros que se estabeleceu na nossa maior empresa. Isso é inaceitável”, disse.

Aécio completou dizendo que pretende reestatizar a Petrobras, devolvendo a empresa aos brasileiros e aos interesses nacionais, e não a grupos específicos. “No primeiro momento, a gente tem que assumir o governo para ver o tamanho do buraco. Eu aprendi uma coisa muito cedo e vou fazer uma analogia aqui do que está acontecendo com o Brasil: ‘Se você está dentro do buraco, a primeira coisa que tem que fazer para sair do buraco é parar de cavar. Assumir o governo é o primeiro passo. É eleger o PSDB.”




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