terça-feira, 30 de setembro de 2014

Aécio afirma que Brasil desperta para a mudança consistente e verdadeira

O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou, nesta segunda-feira (29/09), em Uberlândia (MG), que o Brasil está despertando para a necessidade de uma mudança consistente e verdadeira, que virá por meio de seu governo. Aécio reiterou que a sua candidatura é a única que apresenta propostas claras para fazer a economia do país crescer, voltar a gerar empregos e fortalecer áreas como a segurança pública e os indicadores sociais.

“Quem tem um projeto para o Brasil, um projeto que faça o Brasil voltar a crescer e gerar empregos, com melhores condições de vida e mais esperança aos brasileiros, somos nós. Nenhuma outra candidatura – incluindo a da atual presidente da República [Dilma Rousseff] – tem condições de resgatar a credibilidade do país para que os investimentos voltem a gerar empregos. É o que nós estamos buscando, a partir, inclusive, de propostas de qualificação mais ampla dos nossos jovens”, afirmou.

Aécio lembrou que, nos últimos 12 meses, a indústria nacional perdeu cerca de 80 mil postos de trabalho em decorrência do desaquecimento da economia. Ele ressaltou que o Brasil precisa de um governo “qualificado e ousado do ponto de vista das políticas públicas”.  Segundo o candidato, essa disposição é resultado da mescla de experiências bem sucedidas como a de seu governo em Minas Gerais (2003-2010) e das gestões de São Paulo, com Geraldo Alckmin, e do Paraná, com Beto Richa, ambos do PSDB.

“Na economia estamos assistindo inflação crescendo, um crescimento muito baixo e uma crise de desconfiança em relação ao Brasil, que afugenta investimentos e impacta na geração de empregos. O governo federal fracassou na gestão do Estado. As obras prometidas hoje são as mesmas prometidas há quatro anos. Demonizou as parcerias com o setor privado durante dez anos, e fracassou nos indicadores sociais. Ou alguém pode achar que a saúde vai bem? Que a educação vai bem? Que a segurança pública vai bem?”, questionou.

Terceirização de responsabilidades

Ao lado do candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, Pimenta da Veiga, e do candidato ao Senado Antonio Anastasia, também pela mesma legenda, Aécio ressaltou que a terceirização de responsabilidades é uma das marcas principais da gestão PT. O candidato à Presidência citou como exemplo a segurança pública: enquanto os Estados assumem quase que a totalidade das responsabilidades no setor, o governo federal executa apenas 10,9% do orçamento do Fundo Penitenciário e pouco mais de 30% do Fundo Nacional de Segurança.

“Dei a oportunidade de a presidente da República explicar o que pretende fazer em relação à segurança pública. Nem ela sabe. O Brasil hoje está com suas fronteiras abertas. A nossa relação de amizade com alguns vizinhos produtores de drogas está permitindo que cada vez mais jovens venham ser mortos aqui no Brasil pelo tráfico. Eu, Aécio Neves, presidente da República, vou conduzir pessoalmente a Política Nacional de Segurança. Vou controlar as nossas fronteiras, com a Polícia Federal mais equipada e as Forças Armadas mais valorizadas e profissionalizadas. Vou estabelecer uma nova relação com os países produtores de drogas, que não terão financiamentos do BNDES, não terão facilidades do Brasil, se não fizerem seu dever de casa e enfrentarem, também em seu território, a produção das drogas que acabam vindo matar gente aqui”, destacou.

Autonomia

Em entrevista à imprensa, Aécio ressaltou que haverá a autonomia operacional do Banco Central no seu governo. A instituição terá liberdade para desenvolver uma política monetária adequada que leve o país de volta ao rumo do desenvolvimento. Ele criticou o improviso das propostas da candidata Marina Silva, do PSB, que “se viu na necessidade de fazer sinais um pouco mais radicais ao setor financeiro”, e destacou as diferenças entre suas propostas e as da atual presidente Dilma Rousseff.

“Não temos necessidade de fazer sinais para ninguém. Aquilo que estamos propondo é aquilo que nós realizamos. Aquilo que estamos dizendo é aquilo em que nós acreditamos. Eu e a candidata Dilma temos uma grande diferença. Temos muitas, mas uma essencial na economia: eu anunciei quem será, no caso da nossa vitória, o futuro ministro da Fazenda [Armínio Fraga] para sinalizar para onde nós vamos. A presidente Dilma o máximo que conseguiu foi anunciar ao Brasil quem será o seu ex-futuro ministro da Fazenda [Guido Mantega]”, apontou.

O candidato da Coligação Muda Brasil também criticou a “visão patrimonialista, atrasada e pouco democrática do PT, que se apodera das instituições como se elas estivessem a seu serviço”. Para Aécio, órgãos como a Polícia Federal devem ter autonomia para realizar investigações.

“A Polícia Federal não investiga porque a presidente da República quer. Ela investiga porque essa é a sua função. É uma instituição de Estado, como é o Ministério Público, que a presidente também acha que investiga porque ela colocou lá determinado procurador. O governo do PT acha que o Estado lhe pertence, por isso que nós temos que, rapidamente, encerrar este ciclo de governo que tão mal vem fazendo ao Brasil em todas as áreas”, completou.


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