Aécio
afirma que Brasil desperta para a mudança consistente e verdadeira
O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República,
Aécio Neves, afirmou, nesta segunda-feira (29/09), em Uberlândia (MG), que o
Brasil está despertando para a necessidade de uma mudança consistente e
verdadeira, que virá por meio de seu governo. Aécio reiterou que a sua
candidatura é a única que apresenta propostas claras para fazer a economia do
país crescer, voltar a gerar empregos e fortalecer áreas como a segurança
pública e os indicadores sociais.
“Quem tem um projeto para o Brasil, um projeto que faça o Brasil
voltar a crescer e gerar empregos, com melhores condições de vida e mais
esperança aos brasileiros, somos nós. Nenhuma outra candidatura – incluindo a
da atual presidente da República [Dilma Rousseff] – tem condições de resgatar
a credibilidade do país para que os investimentos voltem a gerar empregos. É
o que nós estamos buscando, a partir, inclusive, de propostas de qualificação
mais ampla dos nossos jovens”, afirmou.
Aécio lembrou que, nos últimos 12 meses, a indústria nacional
perdeu cerca de 80 mil postos de trabalho em decorrência do desaquecimento da
economia. Ele ressaltou que o Brasil precisa de um governo “qualificado e
ousado do ponto de vista das políticas públicas”. Segundo o candidato,
essa disposição é resultado da mescla de experiências bem sucedidas como a de
seu governo em Minas Gerais (2003-2010) e das gestões de São Paulo, com
Geraldo Alckmin, e do Paraná, com Beto Richa, ambos do PSDB.
“Na economia estamos assistindo inflação crescendo, um
crescimento muito baixo e uma crise de desconfiança em relação ao Brasil, que
afugenta investimentos e impacta na geração de empregos. O governo federal
fracassou na gestão do Estado. As obras prometidas hoje são as mesmas
prometidas há quatro anos. Demonizou as parcerias com o setor privado durante
dez anos, e fracassou nos indicadores sociais. Ou alguém pode achar que a
saúde vai bem? Que a educação vai bem? Que a segurança pública vai bem?”,
questionou.
Terceirização de responsabilidades
Ao lado do candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB,
Pimenta da Veiga, e do candidato ao Senado Antonio Anastasia, também pela
mesma legenda, Aécio ressaltou que a terceirização de responsabilidades é uma
das marcas principais da gestão PT. O candidato à Presidência citou como
exemplo a segurança pública: enquanto os Estados assumem quase que a
totalidade das responsabilidades no setor, o governo federal executa apenas
10,9% do orçamento do Fundo Penitenciário e pouco mais de 30% do Fundo
Nacional de Segurança.
“Dei a oportunidade de a presidente da República explicar o que
pretende fazer em relação à segurança pública. Nem ela sabe. O Brasil hoje
está com suas fronteiras abertas. A nossa relação de amizade com alguns
vizinhos produtores de drogas está permitindo que cada vez mais jovens venham
ser mortos aqui no Brasil pelo tráfico. Eu, Aécio Neves, presidente da
República, vou conduzir pessoalmente a Política Nacional de Segurança. Vou
controlar as nossas fronteiras, com a Polícia Federal mais equipada e as
Forças Armadas mais valorizadas e profissionalizadas. Vou estabelecer uma
nova relação com os países produtores de drogas, que não terão financiamentos
do BNDES, não terão facilidades do Brasil, se não fizerem seu dever de casa e
enfrentarem, também em seu território, a produção das drogas que acabam vindo
matar gente aqui”, destacou.
Autonomia
Em entrevista à imprensa, Aécio ressaltou que haverá a autonomia
operacional do Banco Central no seu governo. A instituição terá liberdade
para desenvolver uma política monetária adequada que leve o país de volta ao
rumo do desenvolvimento. Ele criticou o improviso das propostas da candidata
Marina Silva, do PSB, que “se viu na necessidade de fazer sinais um pouco mais
radicais ao setor financeiro”, e destacou as diferenças entre suas propostas
e as da atual presidente Dilma Rousseff.
“Não temos necessidade de fazer sinais para ninguém. Aquilo que
estamos propondo é aquilo que nós realizamos. Aquilo que estamos dizendo é
aquilo em que nós acreditamos. Eu e a candidata Dilma temos uma grande
diferença. Temos muitas, mas uma essencial na economia: eu anunciei quem
será, no caso da nossa vitória, o futuro ministro da Fazenda [Armínio Fraga]
para sinalizar para onde nós vamos. A presidente Dilma o máximo que conseguiu
foi anunciar ao Brasil quem será o seu ex-futuro ministro da Fazenda [Guido
Mantega]”, apontou.
O candidato da Coligação Muda Brasil também criticou a “visão patrimonialista,
atrasada e pouco democrática do PT, que se apodera das instituições como se
elas estivessem a seu serviço”. Para Aécio, órgãos como a Polícia Federal
devem ter autonomia para realizar investigações.
“A Polícia Federal não investiga porque a presidente da
República quer. Ela investiga porque essa é a sua função. É uma instituição
de Estado, como é o Ministério Público, que a presidente também acha que
investiga porque ela colocou lá determinado procurador. O governo do PT acha
que o Estado lhe pertence, por isso que nós temos que, rapidamente, encerrar
este ciclo de governo que tão mal vem fazendo ao Brasil em todas as áreas”,
completou.
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