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Minas Gerais cumpre antes as metas estabelecidas pela ONU


Publicado em 17 de Agosto de 2014 03h00


No ano 2000, 191 nações, entre elas o Brasil, assinaram um documento chamado Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), com metas de melhoria dos indicadores sociais, de saúde, meio ambiente e educação. As metas deveriam ser alcançadas até o ano de 2015, a partir de níveis identificados nesses mesmos indicadores em 1990.Em Minas Gerais, praticamente todas as metas foram cumpridas antes e novos desafios foram estabelecidos. Em cerimônia realizada no dia 11 de julho de 2012, o coordenador do Sistema das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, afirmou: “Hoje é um dia histórico paras as Nações Unidas. Durante anos, a missão da ONU foi promover os Objetivos do Milênio entre as nações para construir um mundo melhor. Hoje, o que vemos em Minas é que, pela primeira vez, metas ainda mais ousadas estão sendo estabelecidas. É o primeiro ente – entre Estados, províncias e países – no mundo a assumir essa postura”.
E disse também: "Aos olhos das Nações Unidas, o Estado de Minas Gerais hoje é um exemplo bem sucedido para todos os países, de como é possível promover crescimento econômico e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de vida da população. São experiências a serem compartilhadas com outras nações”.


Obras de Dilma e do PT são para inglês ver (ou cubano usufruir)


A única obra de grande impacto que Dilma pode se orgulhar de ter inaugurado em sua gestão não fica no Brasil. Fica em Cuba. O porto de Mariel, ultramoderno, foi construído a 40 km de Havana, e a conta foi quase toda paga pelos brasileiros. O Brasil emprestou cerca de R$ 2 bilhões para ilha de Fidel Castro. Uma parte do dinheiro foi a fundo perdido, o que significa que Cuba nem precisa se preocupar em pagar.
Não bastasse isso, o acordo foi feito do jeito que políticos pouco afeitos à transparência, como os ditadores de Cuba e seus admiradores do PT, gostam. O governo Dilma tornou secretos todos os documentos que tratam da transferência de dinheiro a Cuba. O conteúdo dos papeis só poderá ser conhecido em 2027.
O aporte anual de dinheiro que o governo do PT fez em Cuba é 15 vezes maior do que todos os investimentos federais realizados em portos brasileiros no ano passado. Num ranking de qualidade do setor portuário, feito em 2009, o Brasil ocupa o 123º lugar entre 134 países.
O Porto de Santos, o principal do país e o maior da América Latina, está assoreado, o que impede que os cargueiros de última geração, que necessitam de profundidades superiores a 14 metros, atraquem no terminal. No ano passado, uma safra recorde de grãos causou fila de espera média de uma semana para os navios atracarem e congestionamento de 20 km nas rodovias de acesso. Um verdadeiro caos. Por que acontece isso? Um dos principais motivos é que só 13% da carga do porto de Santos é transportada por trens, que atingem velocidade média de 23 km/h – os vagões americanos de carga circulam a 80 km/h.
Mas onde estão as ferrovias prometidas pelo PAC? Atrasadas, é claro. A Ferrovia Norte-Sul deveria estar pronta em 2010, com 4.100 km ligando o Pará ao Rio Grande do Sul. No entanto apenas 700 km, entre as cidades de Açailândia, no Maranhão, e Palmas, no Tocantins, estão de fato em funcionamento. Em maio, a presidente inaugurou trecho de 780 km entre Palmas e Anápolis, mas ele não terá em 2014 nenhum impacto no transporte de carga do país. Falta tudo na ferrovia, até trilho. Alguns trechos, antes mesmo de ficarem prontos, já se transformaram em ruína, com mato e erosão.
Também estão atrasadas as obras das ferrovias Transnordestina, cortando o Piauí, o Ceará e Pernambuco, e primeira fase da Ferrovia Oeste-Leste, na Bahia.

Outras obras
A transposição do Rio São Francisco deveria ficar pronta em 2010, mas hoje, quatro anos depois, tem só metade das obras concluídas. Nenhum dos lotes que compõem a transposição está 100% pronto. O mais próximo do término, com somente 16 km, está 87% concluído. Mesmo assim, a presidente Dilma decidiu inaugurar trechos em ato realizado em maio de 2014. O custo da obra quase dobrou: saltou dos R$ 4,5 bilhões R$ 8,2 bilhões.
A duplicação de mais de mil quilômetros da BR-101, uma das mais importantes rodovias brasileiras, foi dividida em cinco grandes grupos. Todos tiveram seus prazos e investimentos alterados diversas vezes. O conjunto todo ficará com sobrepreço de quase R$ 3 bilhões.
Também estão atrasadas as obras das refinarias de petróleo Abreu e Lima, em Pernambuco, Premium I, no Maranhão, e Premium II, no Ceará. A Abreu e Lima, que deveria estar pronta em 2010, viu sua planilha de custos saltar de R$ 4 bilhões para R$ 35,8 bilhões, tornando-se a refinaria mais cara já feita até hoje em todo o mundo.
Nas obras mais urgentes para a população, o descaso é o mesmo. No governo Dilma, só 12% das 31.181 obras cadastradas no eixo Comunidade Cidadã foram finalizadas. Aí estão incluídas 6 mil creches, 8.600 Unidades Básicas de Saúde e 500 Unidades de Pronto Atendimento. Destas últimas, só 23 foram entregues. Dos R$ 23 bilhões previstos para essas obras, Dilma só investiu R$ 4,5 bilhões. Nove entre cada dez obras de saneamento previstas no PAC não foram concluídas.
Das quase 50 mil obras e empreendimentos que integram o PAC 2, só 5.833 (11,6%) estavam concluídas ou em operação após três anos e três meses de início do programa. O orçamento de 12 das principais megaobras aumentou R$ 42,7 bilhões. E o que é pior: mais da metade das obras (53%) nem sequer saiu do papel.
Outro dado que deixa evidente que o PAC nada mais é do que uma jogada de marketing: a taxa de investimento em infraestrutura no país não se moveu. Em 2002 era de 1,2% do PIB. Caiu para 0,8% em 2007 e retornou a 1,2% em 2010. Em 2013, foi reduzida a 1,01% do PIB, excetuando-se os subsídios ao programa Minha Casa Minha Vida.


Dilma e o PT viraram as costas para a saúde
19 de agosto de 2014  Email Share



Em entrevista concedida ontem ao Jornal Nacional, da Rede Globo, a presidente Dilma se viu obrigada a admitir que a situação da saúde no país, após 12 anos de governo do PT, não pode ser considerada minimamente razoável.


Não havia outra coisa a dizer. Se tentasse maquiar a realidade, a presidente passaria vergonha. Todo mundo sabe que a saúde vai mal. Muito mal. Segundo pesquisa do Datafolha, hoje ela é apontada por 45% da população como principal problema do país. Em 2003, primeiro ano do PT no comando do país, somente 6% diziam isso.


O fato é que, em relação à saúde, o PT em geral e Dilma em particular abandonaram os brasileiros à própria sorte. A começar pela falta de investimento no setor. No ano 2000, na gestão Fernando Henrique, a União contribuía com quase 60% (para ser exato, 59,8%) dos gastos com saúde pública em todo o país. O percentual caiu ano a ano durante as gestões Lula e Dilma e em 2012 foi de apenas 44% do total. No Canadá, os gastos do governo federal são 70% do total. Na Argentina, 61%. A média mundial é de 59%.


Os países do mundo todo dedicam em média 15,2% de seus orçamentos anuais à saúde. No Brasil, o PT dedica exatamente a metade: 7,6%. Não bastasse reservar pouco dinheiro, o governo nem sequer investe toda a quantia que deveria aplicar na área. Entre 2011 e 2013, Dilma deixou de investir R$ 19,2 bilhões da verba previamente destinada à saúde.


Infelizmente, o PT barrou no Congresso todas as tentativas de alocar mais verba para a saúde. Programas realmente vitoriosos e que estão longe de ser uma jogada de marketing, como o Saúde da Família, foram praticamente deixados de lado. Entre 1995 e 2002, o PSF expandiu-se à taxa de 63% por ano. De 2003 a 2011, cresceu 7% por ano. Hoje, enfraquecido, o programa mal consegue cobrir metade da população brasileira. É uma pena, porque em municípios brasileiros atendidos pelo PSF, a mortalidade por doenças cardíacas caiu 21% entre 2000 e 2009.


Numa área tão sensível como a saúde, em que a má gestão e os desmandos são ainda mais graves por afetarem diretamente a chance de cada cidadão viver bem, o PT não corta somente verbas. Nos últimos quatro anos, foram extintos 13 mil leitos hospitalares da rede pública do SUS.


A tabela do SUS não sofre reajuste linear há muitos anos. Por uma consulta médica hoje pagam-se tão somente R$ 10. Resultado: a maioria das 2.100 Santas Casas do país, que atendem gratuitamente 3 milhões de pessoas pelo SUS, está atolada em dívidas. Algumas já estão recusando pacientes.


Enquanto isso, Dilma se limita a importar mais médicos, porém com regras definidas por Cuba. O Brasil precisa de mais médicos, sejam brasileiros ou estrangeiros. Mas também precisa de mais recursos, mais hospitais, mais unidades de saúde, mais equipamentos e sobretudo mais vontade política de realmente enfrentar os problemas que afligem milhões de brasileiros.


Como Dilma só entregou 23 das 500 novas Unidades de Pronto Atendimento que prometeu, ela não poderia mesmo dizer outra coisa senão que a saúde do Brasil, sob o governo do PT, está longe de ser minimamente razoável.


Minas é exemplo mundial de boa gestão
12 de agosto de 2014  Email Share


Em entrevista ontem ao Jornal Nacional, da Rede Globo, o candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, disse que Minas Gerais é um Estado visto por organizações internacionais como modelo a ser seguido dentro e fora do Brasil, devido a um programa que uniu sensibilidade social e gestão profissional. Aécio citou o Banco Mundial, que sempre reconheceu isso.

De fato, o Banco Mundial não apenas reconheceu como estudou a fundo o modelo implantado por Aécio Neves à frente do governo mineiro e o apresentou como exemplo inspirador para Estados, províncias e países do mundo inteiro. Não foi apenas o Banco Mundial. A ONU e até mesmo a toda poderosa Secretaria do Tesouro dos Estados Unidos já voltaram seus olhos para o sucesso de Minas.

O que primeiro chamou a atenção foi Aécio ter zerado o déficit do Estado com pouco mais de um ano de governo. Antes, Minas apresentava déficit orçamentário de R$ 2,4 bilhões por ano. Todo mês, fechava suas contas devendo R$ 200 milhões. Após as reformas, o déficit foi zerado. A folha de pagamento de pessoal comprometia 74% da receita líquida do Estado. Caiu para 59%. E mais: ao estabelecer metas para os servidores, inclusive os da área fiscal, o governo obteve um acréscimo de 17% na arrecadação, sem aumentar os impostos.




Os resultados dessas e de outras medidas na economia foram surpreendentes. Entre todos os Estados do país, Minas foi o que mais aumentou sua participação no PIB nacional. As exportações de Minas cresceram mais de 300% com Aécio. Foi o segundo Estado do país que mais exportou e o primeiro no ranking da balança comercial. Minas criou 1,5 milhão vagas de trabalho, e a taxa de desemprego caiu 34% no Estado, uma queda bem maior do que a registrada no Brasil como um todo.

Em julho de 2007, o então secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, esteve em Minas Gerais para conhecer o modelo de gestão pública implantado pelo então governador Aécio Neves. O que chamava a atenção, além do fim do déficit, era a forma pela qual Aécio desburocratizou a administração. Ele extinguiu 43 órgãos e 3 mil cargos de confiança e reduziu o número de secretarias de 21 para 15. Um ano depois, em 2008, o Banco Mundial apresentou em Washington, D.C. o modelo de gestão de Aécio como exemplo a ser seguido por países e Estados de todo o mundo.

Os resultados positivos não foram somente na economia. Minas foi o primeiro Estado do Mundo a cumprir as metas estabelecidas pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. São metas de melhoria de indicadores sociais, de saúde, meio ambiente e educação reunidas num documento assinado no ano 2000 por 191 nações, entre elas o Brasil. O prazo para alcançar as metas é o ano de 2015. Minas, no entanto, já alcançou praticamente todas e estabeleceu novas metas ainda mais desafiadoras.

O brasileiro não tem segurança e a Dilma não está nem ai 

27 de agosto de 2014  Email Share

No debate realizado ontem (26/8) na Rede Bandeirantes, a primeira pergunta, feita a todos os candidatos à Presidência presentes, foi sobre Segurança Pública. Na sua vez de responder, a presidente Dilma Rousseff disse que a segurança é, por competência constitucional, atribuição dos Estados. Disse também que defende mudar isso para aumentar a participação federal nesse setor. E que a União e os Estados não podem mais atuar de forma fragmentada, como vêm atuando até agora. Para ela, a Copa do Mundo foi um bom exemplo de como as coisas poderiam funcionar no que se refere à integração de todos os órgãos de segurança.

A presidente está equivocada. Há muita coisa que o governo federal pode fazer em prol da segurança sem precisar mexer na Constituição. Mas Dilma prefere ignorar isso. Citar a Copa do Mundo como bom exemplo a ser seguido só revela uma disposição enorme em enganar a si mesmo ou aos outros. A presidente faz isso ao confundir um evento extraordinário e esporádico com as atividades ordinárias e rotineiras de segurança, que exigem planejamento e atuação que levem em conta as inúmeras dificuldades do dia a dia.
A escalada da violência é um dos principais problemas brasileiros. É difícil conhecer alguém que não se preocupe dia e noite com a falta de segurança nas ruas. A verdade é que nem mesmo dentro de nossas casas estamos a salvo.
O governo federal poderia fazer muita coisa para diminuir esse drama. Financiar e apoiar os Estados na modernização da polícia. Investir em inteligência, informação e tecnologia. Implantar programas de prevenção ao crime. Fiscalizar as fronteiras para impedir o tráfico de drogas e de armas. Construir presídios. E promover no Congresso uma ampla discussão com a sociedade para reformar o Código Penal e o Código de Processo Penal.

Infelizmente, desde que chegou ao poder, o PT virou as costas para o assunto. A presidente Dilma foi além e cortou quase todo do dinheiro que deveria ser aplicado na área. Cortou R$ 26 bilhões de reais da verba destinada para segurança pública entre 2011 e 2014 (até maio). Cortou este ano mais da metade do orçamento para investimento na Polícia Federal em relação a 2012. Vital para a segurança do país, a PF está desmantelada e com o cobertor mais curto que já teve desde 2009.

Em 2012, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, comparou as prisões brasileiras a masmorras medievais. O ministro só se esqueceu de mencionar que ele é o principal responsável por isso. Do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), a atual gestão deixou de investir quase 90% da verba reservada. A soma dos orçamentos de 2011, 2012 e 2013 para o Funpen chegou a R$ 1,4 bilhão. No entanto, apenas R$ 156 milhões (11%) foram de fato investidos nesses três anos. O resultado são as masmorras. Quem é preso hoje por um crime leve, em vez de se recuperar, pode virar na prisão um criminoso de alta periculosidade.

A consequência de tanto descaso e tanto corte de verbas é o clima de medo em que todos nós estamos vivendo. Ao todo 85% dos brasileiros dizem que “sempre” ou “quase sempre” estão preocupados com a violência. Ainda no governo Lula, o PT prometeu reduzir a taxa de homicídios do país à metade. E o que aconteceu? Ela cresceu até atingir o recorde histórico. A taxa hoje é de 29 assassinatos por 100 mil habitantes, maior do que a da África, que é de 17 por 100 mil.


No ano passado foram 56.337 assassinatos. É mais do que as mortes em todas as guerras ao redor do mundo. Em 2012 foram 50.108, número que equivale a mais de 10% dos homicídios cometidos em todo o planeta.

Onze das 30 cidades mais violentas do mundo ficam no Brasil. Sete delas são do Nordeste. Maceió é a quinta cidade com maior número de homicídios anuais por 100 mil habitantes: são quase 80 mortes. Fortaleza está na sétima posição, e João Pessoa, na nona. O Brasil é ainda o país com mais participações na lista das 50 cidades mais violentas do mundo: 16 ficam aqui.
Minas e Pernambuco

Um pouco antes do início do debate, no horário eleitoral da TV de ontem, a ex-ministra do PT Marina Silva afirmou que um pacto pela vida pode reduzir a violência, como ocorreu em Pernambuco. A insegurança no Estado nordestino de fato caiu. No entanto, em Minas Gerais ela caiu bem mais. A taxa de homicídios, entre 2003 e 2010, período em que Aécio Neves era governador, teve redução de 18%. Em 2010 ela chegou a 14,7 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, uma das mais baixas do país. Em Pernambuco, a taxa foi de 36,9 assassinatos por 100 mil habitantes, uma redução de 13,8% em relação ao índice de 2003. Já a do Brasil como um todo ficou 1,8% maior nesse mesmo período. Com Aécio Neves no comando, Minas foi o Estado que mais investiu em segurança no Brasil: foram 13,4% dos gastos totais do Estado, contra 9,4% em Pernambuco. E, como senador, Aécio apresentou projeto de lei que proíbe o contingenciamento de recursos orçamentários da União para o setor. O PT, naturalmente, é contra.

Ministro da Justiça não sabe o que fala nem o que faz                           29 de agosto de 2014  Email Share


O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, demonstrou publicamente profundo desconhecimento da sua própria pasta ao tentar rebater os dados, todos corretos, que o candidato à Presidência da República Aécio Neves apresentou em sabatina promovida pelo jornal O Estado de S.Paulo.
O ministro primeiro tentou desmentir que a Polícia Federal tenha o menor orçamento para investimentos desde 2009 e alegou desconhecer de onde Aécio retira os seus dados. Aécio os retira do Siafi, que computa os números oficiais do próprio governo federal. Em 2014, a dotação para investimentos na PF foi de R$ 204,1 milhões. Em 2009, foi de R$ 204,9 milhões. Em 2013, de R$ 242,6 milhões. Em 2012, de R$ 414,6 milhões. Em 2011, de R$ 333,1 milhões. Em 2010, de R$ 272,5 milhões. E, em 2009, foi de R$ 204,9 milhões.
O problema fica mais grave quando se percebe que, do orçamento da PF para 2014, até março 29,8% havia sido contingenciado. Segundo dados do Congresso em Foco, os investimentos de fato executados caíram de R$ 82 milhões em 2002 para R$ 20 milhões em 2012.
Reportagem do jornal O Globo, de dia 23 de agosto do ano passado, traz um bom panorama do drama da PF que o ministro lamentavelmente desconhece. Segundo essa matéria, as condições de serviço são tão graves que cerca de 250 agentes federais deixam a Polícia Federal todo ano. Diz a reportagem: “Com orçamento apertado, a ordem é economizar. Está sendo racionado até mesmo o uso de aparelhos de ar-condicionado, que agora têm hora para ser ligados e desligados. Os memorandos internos passaram a ser distribuídos no último dia 20 aos delegados federais: os textos informam que eles deverão cumprir cotas de combustível, economizar luz e explicar qualquer deslocamento intermunicipal. Telefonemas e até o uso de material de escritório passaram a ser controlados.
A manutenção dos veículos também passou a ter cota. Para todo o Estado (sede no Rio e seis delegacias no interior), o valor máximo mensal para o serviço passou a ser de cerca de R$ 37 mil. Procurada no Rio e em Brasília, a PF não retornou o contato para explicar o racionamento. Um corte de cerca de R$ 275 milhões no orçamento do Ministério da Justiça foi a justificativa apresentada, em memorando pela Polícia Federal do Rio, para determinar o racionamento nos gastos no Estado.”
O ministro Cardozo também rechaçou a afirmação de Aécio Neves de que apenas 10% do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) foi executado pelo governo federal. De novo o ministro mostrou que não acompanha os dados de sua própria pasta. Nos três primeiros anos do governo Dilma, a soma do orçamento para o Funpen chegou a R$ 1,4 bilhão, mas só R$ 156 milhões foram realmente pagos. Ou seja, 11%.
Não são apenas os dados que o ministro desconhece, mas também suas próprias atribuições. Ele escancarou isso em 2012, quando disse que as prisões brasileiras se assemelham a masmorras medievais. Se Cardozo soubesse que ele, como ministro da Justiça, é o principal responsável por isso, talvez preferisse se calar.

Programa feito no improviso já nasce com errata                   31 de agosto de 2014  Email Share


Aécio Neves não está brincando quando afirma que não se pode governar o Brasil na base do improviso e que a Presidência da República não é para amadores. Pois bem. Menos de 24 horas após divulgar seu programa de governo, a candidata à Presidência da República Marina Silva já divulgou duas erratas.
Uma delas diz respeito aos direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e transexuais). No texto anteriormente divulgado, Marina Silva apoiava propostas em defesa do casamento civil igualitário e pretendia articular no legislativo a votação da PLC 122/06, que criminaliza a homofobia. Todas essas propostas foram retiradas e substituídas apenas por um texto sucinto e vago que diz: “Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo”. Isso não muda nada o que já ocorre hoje, uma vez que o STF já reconheceu esse direito.
No ponto que aborda o combate ao bullying por opção sexual, o programa original era mais rigoroso. A nova versão ficou mais “light”. O texto antigo dizia que seriam “desenvolvidos materiais didáticos destinados a conscientizar sobre a diversidade de orientação sexual e às novas formas de família”. No novo texto, desapareceram os materiais didáticos.
Outra errata divulgada logo após o lançamento do plano de governo da candidata ex-petista, ex-PV e por ora alocada no PSB se refere ao desenvolvimento da energia nuclear no Brasil. No programa original, a energia nuclear era citada como uma das que deveriam ter aperfeiçoamento e aumento de sua presença na matriz energética do país. A errata sumiu com a energia nuclear do mapa. A ênfase agora será nas fontes renováveis, e o partido cita a solar, a eólica, a de biomassa, a geotermal, a das marés e a dos biocombustíveis de segunda geração.
Incoerência
Reportagem de hoje (31/8) do jornal O Globo aponta possível incoerência nas metamorfoses da candidata Marina Silva. E cita dois casos emblemáticos: o do plantio de transgênicos e o do projeto de transposição do rio São Francisco. Marina era radicalmente contra ambas as coisas, mas virou a favor a partir do momento em que entrou para o governo do PT.
Um setor que está muito ressabiado com Marina é o do agronegócio, um dos principais pilares da solidez da economia brasileira. Marina sempre foi crítica feroz desse setor. Apoiou, por exemplo, diversas ações de inconstitucionalidade contra o Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional. Agora, ela acena e tenta se aproximar do agronegócio, como tem feito com a sociedade em geral, dizendo que representa a nova política. Mas, pelo demonstrado por Marina até agora, de nova ela não tem nada.

Dilma é o governo da imobilidade
                                                                               2 de setembro de 2014  Email Share
A principal marca registrada da candidata Dilma Rousseff nesta campanha eleitoral é dizer que fez mundos e fundos quando na realidade não fez praticamente nada. Na área da mobilidade urbana acontecem os mesmos absurdos. No debate de ontem (1º/9) promovido por SBT, Folha, UOL e Jovem Pan, o despautério da presidente foi tão gigante que levou o candidato Aécio Neves a dizer que daria um prêmio a quem andasse em um palmo de metrô construído em Belo Horizonte pelo PT nos últimos 12 anos.Como sempre, os fatos continuam 
sendo o melhor remédio contra as mentiras e os equívocos. Portanto vamos a eles. A começar pelo metrô de Belo Horizonte.
• Em seus três primeiros anos de governo, a presidente Dilma não entregou nem um real do prometido para o projeto de elaboração das linhas 2 e 3 do metrô na capital mineira. Já a modernização do trecho Eldoraldo-Vilarinho do sistema de trens urbanos recebeu R$ 3,3 milhões dos R$ 215 milhões previstos, o equivalente a 1,5%.
• De 229 projetos com apoio financeiro da União, apenas 47 – em 14 municípios – tinham alguma obra em andamento em fevereiro deste ano. Concluídos de fato estavam somente meia-dúzia. Isso mesmo, seis projetos. Ou 2,6% do total.
• O investimento previsto em janeiro de 2010 para 56 obras de mobilidade prometidas pelo governo federal para a Copa do Mundo despencou quase à metade: foi de R$ 15,4 bilhões para R$ 8 bilhões. O número de intervenções também caiu: das 56, sobraram 41. E somente cinco delas estavam prontas em fevereiro de 2014, quatro meses antes do Mundial.
• Poucas obras são tão emblemáticas da inoperância, do desperdício e da incompetência do PT quanto a do trem-bala, outra promessa de Dilma para a Copa do Mundo. O governo prevê gastar R$ 50 bilhões nesse projeto, segundo previsões extraoficiais. A quantia seria suficiente para construir 100 km de metrô nas metrópoles brasileiras. Mesmo que não saia do papel – como aparentemente não sairá – a obra do trem-bala já custará aos cofres públicos pelo menos R$ 1 bilhão.

Justiça veta ataque do PT à democracia
                                                                                      3 de setembro de 2014  Email Share

A Justiça Eleitoral negou pedido do PT para que a Coligação Muda Brasil, do candidato Aécio Neves, parasse de usar na internet o slogan e a hashtag da campanha “Vem Pra Urna”, lançada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em outubro do ano passado. O objetivo da campanha era conscientizar as pessoas, especialmente os jovens, para que não deixassem de votar nas próximas eleições.
No desespero de se manter no poder acrescido do
histórico autoritarismo e desrespeito às regras democráticas, o PT cometeu a desfaçatez de alegar que o fato de a Coligação Muda Brasil incentivar a ida dos cidadãos às urnas prejudicava a presidente Dilma.
A Justiça concedeu liminar atendendo à solicitação do PT, e a Coligação Muda Brasil precisou tirar a campanha do ar até o julgamento do caso. Este acaba de sair e não poderia ser mais prejudicial ao PT. Além de ter a liminar revogada e o pedido negado, o partido ainda levou uma “bronca” do Ministério Público Eleitoral.
Em seu parecer sobre o caso, a Procuradoria salientou que o ato do candidato Aécio Neves em usar a campanha “Vem Pra Urna” é em favor da democracia brasileira e recomendou ao PT que sua insatisfação fosse resolvida “por um comportamento de igual adesão à campanha da Justiça Eleitoral”, em vez de tentar impedir que outros candidatos aderissem a ela.
Para qualquer pessoa em sã consciência, o parecer da Procuradoria e a decisão judicial expressam o bom senso, mas o problema é que o PT funciona com uma lógica própria. Atônita diante da ação judicial de que foi vítima, a Coligação Muda Brasil se viu obrigada a defender o óbvio. Alegou que “o fortalecimento da democracia passa pela efetiva participação popular na escolha de seus representantes e que é dever de todo democrata o engajamento em iniciativas que visem a incentivar o comparecimento do eleitor às urnas”.
Após a decisão final do caso, o coordenador jurídico da Coligação Muda Brasil, Deputado Carlos Sampaio, lamentou a incapacidade da candidata Dilma Rousseff de trabalhar com o conceito de democracia em sua plenitude. “A vertente autoritária e antidemocrática do Partido dos Trabalhadores foi, nesta oportunidade, reconhecida pelo Tribunal Superior Eleitoral”, afirmou.

PT crava 13 pregos no caixão da Petrobras
                                                                             9 de setembro de 2014  Email Share


O mais recente caso de corrupção envolvendo o PT e a Petrobras veio coroar uma série de escândalos e exemplos de má gestão que, juntos, mostram que o partido da presidente Dilma Rousseff está dilapidando uma das maiores empresas do mundo.
Revelado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que está preso acusado de corrupção, esse novo escândalo envolve o pagamento de propinas a aliados do PT no Congresso e nos Estados. É o Mensalão 2.
Infelizmente, em seus 60 anos a Petrobras nunca sofreu tanto quanto sofre agora nas mãos do PT. O problema só será sanado quando o aparelhamento ideológico do partido na empresa tiver fim. Do contrário, o último prego não tardará muito. Abaixo, uma lista dos 13 que já foram cravados.

Mensalão 2
Empreiteiras contratadas para negócios bilionários da Petrobras eram obrigadas a pagar uma quantia gorda por fora. Esse dinheiro era lavado por doleiros e ia parar no bolso de partidos e de políticos aliados do PT e do governo Dilma. Reportagem da revista VEJA desta semana afirma que entre os citados pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa estão mais de 30 parlamentares, principalmente do PT, PMDB e PP, um ministro de Dilma e três governadores aliados – ou ex-aliados do PT.
Valor reduzido a menos da metade
No final de 2007, a estatal valia R$ 509 bilhões, acima de gigantes como a Microsoft. Atualmente, está avaliada em R$ 183 bilhões. Quem aplica em algum fundo de ações da empresa sente isso no bolso. Os papéis, que chegaram a ter alta de 1.200% no passado, hoje estão derretendo.

Refinaria de Pasadena
Pasadena é uma refinaria no Texas que foi comprada pela Petrobras por um preço total de US$ 1,2 bilhão, valor quase 30 vezes maior que o preço original. Quando o negócio foi feito, o presidente era o Lula. Dilma era ministra-chefe da Casa Civil e comandava o conselho de administração da Petrobras. Em julho deste ano, o Tribunal de Contas da União condenou 11 diretores da Petrobras a devolver US$ 792 milhões pela compra da refinaria de Pasadena.

Refinaria Abreu Lima
A refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, deveria estar pronta desde 2010, mas a obra está atrasada. Ela viu seu custo saltar de R$ 4 bilhões para R$ 35,8 bilhões, tornando-se a refinaria mais cara do mundo em todos os tempos. Com o sobrepreço de R$ 31,8 bilhões daria para construir 34 mil escolas.

Dívidas
A Petrobras se tornou a companhia não financeira mais endividada do mundo. A dívida da empresa chegou a R$ 250 bilhões no terceiro trimestre de 2013.

Prejuízos
O lucro do ano passado foi o terceiro pior desde 2006. E os prejuízos se acumulam. Só o setor responsável pelo abastecimento interno de combustíveis ficou no vermelho em R$ 18 bilhões em 2013.

Inauguração antes da hora
Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, a plataforma P-62 saiu em dezembro de 2013 do estaleiro em Pernambuco para ser inaugurada incompleta pela presidente Dilma, com o objetivo de salvar a balança comercial brasileira de um déficit no ano. Houve prejuízo para a estatal e risco para os trabalhadores.

Produção em queda
Na época do governo Fernando Henrique, a produção da Petrobras aumentava em média 10% ao ano. Com Lula no comando, o crescimento foi de apenas 3,7% por ano. E agora, com Dilma, a produção está em queda. Fica 1,2% menor a cada ano. Em 60 anos, a produção da Petrobras só caiu de um ano para outro em quatro ocasiões: uma com Collor, uma com Lula e duas com Dilma – a atual presidente é responsável pela primeira queda em dois anos consecutivos da história da empresa.

Adeus, autossuficiência
A propalada autossuficiência do país em petróleo, anunciada por Lula em 2006, jamais virou realidade. Muito pelo contrário: hoje o país importa e consome combustíveis fósseis como nunca antes na história deste país. No ano passado, precisamos comprar de outros países 400 mil barris por dia. Em 2009 nem sequer importávamos gasolina. Desde então, a compra de combustível do exterior só aumentou e hoje representa 13% do consumo interno.

Refino minguado
O Brasil está consumindo cerca de 40% a mais de petróleo do que há dez anos, mas a capacidade de refino avançou só 4,5% nesse período.

Déficit comercial
No ano passado, o déficit da empresa foi gigantesco: US$ 25,8 bilhões, com alta de 158% em relação a 2012. A estatal importou US$ 39,6 bilhões. As exportações, por sua vez, caíram 37,37% em relação a 2012 e somaram somente R$ 13,8 bilhões. A Petrobras respondeu sozinha por 16% das compras externas realizadas pelo país.

Regime errado
O marco regulatório implantado por Fernando Henrique em 1997 (regime de concessão) multiplicou por dez a capacidade de investimento da Petrobras e mais que dobrou a produção brasileira de petróleo. Mas o PT trocou este modelo vitorioso pelo de partilha, com forte viés ideológico e excessiva ingerência do Estado nas atividades. O único leilão realizado até agora sob o novo marco legal teve apenas um concorrente e nenhum ágio.

E sobrou até para o etanol
A política de preços que Dilma implantou nos combustíveis acabou com um dos setores mais promissores do Brasil, o do etanol. Em dois anos, o consumo de álcool caiu 35%. Quarenta usinas já fecharam as portas. O país que tinha tudo para ser a maior potência produtora de energia limpa e renovável do planeta hoje compra álcool até dos EUA.

PT = Perda Total de dinheiro público
                                                                              10 de setembro de 2014  Email Share



Antes de assumir a Presidência em 2011, Dilma Rousseff se comprometeu a construir 6 mil creches no país. Não cumpriu. Até junho deste ano, entregou somente 379, de acordo com o 10º Balanço do PAC. A situação poderia ser muito diferente se houvesse uma composição mínima de ética com eficiência administrativa por parte do PT e se ao menos uma grande obra do governo não ficasse com um sobrepreço gigantesco.
Mas a realidade ficou muito distante disso. Praticamente todas as obras de grande impacto feitas – ou melhor, iniciadas, porque a maioria não ficou pronta – por Dilma registraram um desperdício sem precedentes de dinheiro. Muito dinheiro.
Somando-se os valores que foram pelo ralo em somente cinco dessas obras chega-se à quantia de R$ 53,6 bilhões. Isso mesmo. Cinquenta e três bilhões e seiscentos milhões de reais. As obras da Refinaria Abreu e Lima, do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), da Transposição do Rio São Francisco, da Hidrelétrica de Belo Monte e da Usina de Angra 3 deveriam custar R$ 63,3 bilhões, mas vão torrar pelo menos R$ 116,9 bilhões dos cofres públicos.
Dilma não foi capaz de construir 5.621 das 6 mil creches que prometeu. Com os R$ 53,6 bilhões desperdiçados nessas cinco obras, poderia ter construído 23.304 creches, cada uma delas para atender até 300 crianças. Se preferisse investir na Saúde, daria para construir 131 mil UBSs, ou seja, mais de 5 mil unidades para atender à população em cada um dos 26 Estados do país. Esse desperdício de dinheiro precisa acabar.

PT sucateou o Bolsa Família
                                              12 de setembro de 2014  Email Share

Relatório divulgado pelo Tribunal de Contas da União apontou distorções nos dados oficiais sobre o Bolsa Família. Os valores usados pelo governo para definir a linha de pobreza no Brasil estão desatualizados.
O governo considera miserável quem tem renda individual inferior a R$ 77 por mês. E pobre quem ganha mensalmente de R$ 77 a R$ 154. Para o TCU, esses valores deveriam aumentar, respectivamente, para R$ 100 e R$ 200, por causa da inflação.
O resultado disso é que a informação alardeada pelo governo de que o programa tirou 36 milhões de pessoas da linha de pobreza agora engrossa a lista de propagandas com dados imprecisos ou mentirosos com os quais o PT tenta se perpetuar no poder.
A resposta do governo ao relatório do TCU foi dada com a arrogância e o desconhecimento da realidade de sempre, já tão habituais no PT. Alegaram que o relatório “parte de premissas erradas para chegar a conclusões equivocadas sobre o programa Bolsa Família”.
Contra pedantismos iguais a esse, o melhor remédio continua sendo a informação correta e bem fundamentada. O padrão internacional de extrema pobreza, definido pela ONU, estipula que nenhuma pessoa possa viver com
menos de US$ 1,25 ao dia, o que dá US$ 37,5 por mês, ou seja, R$ 87,4 pelo câmbio atual.
O pior de tudo não é pagar menos do que estipula as convenções internacionais. Mais grave é o fato de o governo do PT basear sua ação contra a miséria somente na transferência de renda. O certo seria levar em conta o Índice de Pobreza Multidimensional do PNUD/ONU, com ações também contra a privação de saúde, de educação, de moradia e de qualidade de vida.

Histórico do Bolsa Família
O governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso implantou 12 programas de ação social, formando a primeira rede de proteção do país. No governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cinco desses programas foram unificados para criação do Bolsa Família, com apoio maciço dos partidos no Congresso Nacional.
Quem deu a ideia da unificação foi um governador do PSDB – Marconi Perillo, de Goiás. O próprio Lula reconheceu isso em seu discurso no lançamento do programa: “Quero também lembrar aqui o governador Marconi Perillo, que, faça-se justiça, além de ser o governador do Estado que mais tem política de renda, foi o companheiro que, na primeira reunião de governadores que tivemos, sugeriu a ideia da unificação das políticas de assistência social neste país”.
Desde a criação do Bolsa Família, o PT, a cada eleição, inventa sempre a mesma ladainha contra seus adversários, dizendo que se esse ou aquele candidato for eleito, o programa será extinto. Outra demonstração de que os petistas se consideram donos do Bolsa Família está no fato de que eles rejeitam qualquer aperfeiçoamento no programa, como as que foram formuladas pelo senador Aécio Neves, em 2013.
Aécio apresentou dois projetos de lei no Senado. O primeiro visa fortalecer ainda mais o Bolsa Família e torná-lo um programa de Estado e menos vulnerável à manipulação política. Foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em dezembro de 2013. O outro projeto de Aécio estende o pagamento por mais seis meses para os beneficiários que conseguirem emprego de carteira assinada. Mesmo tendo o PT contra, este projeto foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, por 10 votos a 9, em maio deste ano.

Ao sabor dos ventos e na base do improviso
4 de setembro de 2014  Email Share
Escrevendo Divulgacao (1)A lista de incoerências e vaivéns da candidata Marina Silva à Presidência não para de crescer. O mais novo tema a engrossar o cardápio de contradições da ex-ministra petista é a Lei da Anistia. Em 2008, Marina escreveu artigo na Folha de S.Paulo defendendo a punição de militares acusados de tortura na ditadura. Ontem (3/9), em sabatina no portal G1, a candidata afirmou que é contra a revisão da Lei da Anistia.
O Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a importância do agronegócio para o país, os direitos LGBT e o próprio mensalão do PT são alguns dos outros muitos temas sobre os quais a candidata hoje alocada no PSB já mudou de opinião conforme a conveniência.
Muitas dessas contradições vieram à tona no seu recém-divulgado plano de governo, plano este que escancarou, além do oportunismo de tantas mudanças de opinião, o improviso e o plágio como modo de trabalho.
Prova disso é a quantidade de trechos do texto que foram simplesmente copiados de outros documentos, sem citar a fonte, sem dar o devido crédito e sem se importar com a falta de ética do gesto.
Após o candidato Aécio Neves apontar que quase metade das propostas de Marina para os direitos humanos era uma cópia literal de plano apresentado pelo ex-presidente Fernando Henrique em 2002, novos trechos feitos na base do copy/paste foram identificados hoje.
O jornal Brasil 247 revelou nesta quinta-feira (4/9) que trechos inteiros do programa do PSB sobre educação, cultura, ciência, tecnologia e inovação foram copiados na íntegra de artigo do professor Luiz Davidovich publicado na edição nº 89 da Revista da USP, em 2011. Isso tudo, novamente, sem citar a fonte nem o autor.
Entre os trechos copiados está justamente o que fala da importância do desenvolvimento da energia nuclear no Brasil, que acabou sendo um dos que foram retirados menos de 24 horas depois de o programa ter sido divulgado – a outra errata lançada pelo PSB dizia respeito aos direitos LGBT.

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